segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Músico, música e missão


“Uma música feita por alguém que tenha o sangue de Cristo correndo nas veias, não é qualquer música” (Juliane Morige).

Hoje vivemos um momento muito bom na nossa música católica, nossos cantores assediados por grandes gravadoras, nossas músicas tocadas em rádios que não são de seguimento religioso. Isso pode e já está trazendo uma visão muito diferente do servir a Deus, através desta nossa arte.
Nos lugares por onde passo é comum encontrar ministérios de música com muito pouco tempo de formação e que já deslumbram a “fama”, querem gravar cd´s, querem ser conhecidos pelo país.
Comecei a servi na minha comunidade em um ministério de música no ano de 1992 e, nestes dezessete anos, Deus tem lapidado esta pedra bruta que eu sei que sou. Uma grande alegria que tenho hoje é quando um outro ministério, grupo ou até mesmo um cantor solo encontra em uma de minhas composições motivo para gravá-la. Esse reconhecimento é importante, mas agora não posso e nem viverei em função de compor músicas para outros gravarem, ao contrário, devo ser cada vez mais usado por Deus para que minha canção fale comigo, traga alegria ao coração do meu próximo e que cumpra aquilo que esta no coração do Pai.

O nosso cantar deve ser simplesmente uma forma de servir a Palavra de Deus, servir os planos de Deus. Por isso, é muito comum usarmos a frase: “Ser instrumento nas mãos de Deus”, ou seja, um instrumento por si não cumprirá essa função sozinho. Deixe-se ser usado por Deus!! Não podemos mais brincar de servir, brincar de ser ministério e, principalmente, brincar de ser cristão.
Quem nunca ouviu a expressão? Quem canta seus males espanta. No nosso caso de ministros de música cristã católica, essa expressão não se aplica apenas dessa forma. Tem muita gente apenas cantando, achando que assim todos os males serão espantados; o que é um grande engano! A verdade é que o ministério que apenas canta e deixa de buscar a Deus, seja na Santa Missa ou na sua oração pessoal, já nasceu morto. Isso mesmo! Quando Jesus nos falou “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, nos deixa aí uma partitura a ser observada: somente no caminho, na verdade e na vida que nossa missão pode ser verdadeiramente concreta.
“Uma música feita por alguém que tenha o sangue de Cristo correndo nas veias, não é qualquer música” (Juliane Morige).
Após ouvir esta frase da atual coordenadora do Ministério de Música e Artes da RCC, não houve sequer uma vez que eu tenha comungado sem dizer pra Jesus: “Senhor cuida da minha música, e que tua presença santificadora faça dela instrumento de conversão”.
O saudoso Papa João Paulo II nos escreveu na sua CARTA AOS ARTISTAS:
“São chamados a dar testemunho disto; mas compete a vós, homens e mulheres, que dedicastes a vossa vida à arte, afirmar com a riqueza da vossa genialidade que, em Cristo, o mundo está redimido: está redimido o homem, está redimido o corpo humano, está redimida a criação inteira. Esta é a vossa tarefa. Em contato com as obras de arte, a humanidade de todos os tempos — também a de hoje — espera ser iluminada acerca do próprio caminho e destino.
Que pela intercessão de Santa Cecília se levante no meio de nós uma geração de músicos adoradores, que com a sua arte aponte sempre o caminho, a verdade e a vida que é Jesus Cristo.
Antonio Alves é cantor /compositor




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